Jorge de Angélica teve atendimentos negados e demora na regulação, afirmam amigos e familiares
A comunidade feirense foi pega de surpresa na manhã desta terça-feira (31) com a notícia da morte do cantor e compositor Jorge de Angélica.
O artista faleceu na noite de ontem (30) em decorrência de problemas de saúde. O corpo que está sendo velado no Centro de Velórios Gilson Macedo, bairro da Kalilândia, será sepultado às 15h no Cemitério Jardim das Flores, na BR-116 Norte. Antes de ter o quadro de saúde agravado, o artista chegou a buscar atendimentos, mas foram negados em algumas unidades de Feira de Santana. A informação foi confirmada pelo vereador Petrônio Lima (Republicamos), que acompanhou Jorge de Angélica no domingo (29).
Foto: Ney Silva/Acorda Cidade
“Jorge me ligou no domingo ainda pela manhã, era por volta de 8h, e me pediu que eu fosse até a residência dele, para dar um suporte, um socorro e levá-lo em uma unidade de saúde. Ele estava com dificuldade para respirar no momento que cheguei, o abdômen estava um pouco inchado, e o levamos na UPA do Clériston. No momento que chegamos lá, informaram que não tinha clínico, apenas ortopedia, que não era o caso dele. Então fomos até a UPA da Queimadinha, demos entrada, foi atendido, mas depois o médico me chamou e informou que para o caso dele, não tinha condições de ficar internado ali, precisaria de uma regulação, iria perder tempo, e que a gente pudesse levar ele para o pronto socorro do Clériston, já que era caso de urgência, então eu imagino que o Clériston tinha o dever de atender o paciente”, relatou.Ao Acorda Cidade, o vereador informou que ao chegar ao Hospital Geral Clériston Andrade (HGCA), Jorge foi impedido de entrar, pois não tinha regulação.“Levamos ele para o Clériston, assim que chegamos na emergência, eles fizeram um certo atendimento, mas nem pegaram a documentação dele, não fizeram ficha, nem nada. A pessoa que nos atendeu, disse que não teria condições dele dar entrada lá, pois não tinha regulação, mas o caso dele era de urgência, ele chegou com dificuldades para respirar, tanto que quando estávamos na UPA da Queimadinha, o médico não colocou o soro, pois ele poderia estar com retenção de líquido e iria piorar a situação dele. Então como o Clériston não atendeu, nós voltamos para a UPA do Clériston, onde já tinha um clínico para atender, mas ainda era preciso da regulação para ele ser transferido, já que a UPA do Clériston não tinha o suporte necessário. Ontem que conseguiu uma regulação para Salvador, mas dependia de uma ambulância, mas já chegou tarde, Jorge veio a óbito”, disse. Segundo o vereador, Jorge de Angélica foi mais uma vítima da regulação estadual.


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