Briga, facadas e fuga no carro da vítima: veja ponto a ponto de assassinato da filha de PM encontrada morta em apartamento
A Polícia Civil investiga o feminicídio contra Samira Alves Lima, de 36 anos, filha de um policial militar da reserva, em Luziânia, Entorno do Distrito Federal. O suspeito é um jovem de 22 anos, que diz que morava com a vítima. Ao ser preso, ele contou à polícia que brigou com Samira, a matou a facadas e fugiu no carro dela. Abaixo, o g1 explica o crime ponto a ponto; confira.
✅ SIGA O INSTAGRAM DO AL NOTÍCIAS
Ao ser preso na quarta-feira (27), andando pela BR-020, em Formosa, o jovem suspeito do crime contou informalmente à Polícia Militar como o crime aconteceu. Mas quando chegou na delegacia, ele optou por não repetir a história, ficando em silêncio durante o depoimento.
O g1 entrou em contato com a Polícia Civil para saber se há algum indício de veracidade no relato dado pelo suspeito aos policiais militares, mas a instituição disse que não vai comentar o caso. O portal também não conseguiu contato com a defesa dele até a última atualização da reportagem.
Os policiais militares dizem que, informalmente, durante a abordagem, o jovem disse que morava junto com Samira, pois ambos atuavam no tráfico de drogas, e que Samira era ligada a uma facção criminosa.
O suspeito também disse que, no dia do crime, ele e Samira tiveram uma discussão acalorada, em que a vítima o ameaçou. Ele, então, partiu para cima dela e a matou com facadas. Depois, ele pegou o carro dela e fugiu.
Veja ponto a ponto do crime na versão do suspeito:
- Samira e o jovem moravam juntos, em Luziânia;
- Os dois têm uma briga acalorada e Samira ameaça o jovem;
- Jovem pega uma faca e mata Samira com vários golpes;
- Jovem pega a chave do carro de Samira e foge;
- Jovem abandona o carro de Samira;
- 23 de novembro: carro de Samira é encontrado abandonado no DF
- Samira é dada como desaparecida
- Familiares e amigos procuram por Samira
- 25 de novembro: Samira é encontrada morta dentro do apartamento que morava, em Luziânia
- 27 de novembro: Jovem é preso suspeito do crime, em Formosa
Detalhes do caso
O crime começou a ser investigado na manhã de 23 de novembro, quando o carro de Samira foi encontrado abandonado no Lago Norte, no DF. Como a mulher não atendia ligações, os policiais encontraram o número de telefone do ex-namorado dela, que tinha sido salvo como um contato de emergência.
Quem era Samira?
Segundo o ex-namorado, Samira era uma pessoa querida por todos que a conheciam. Mãe de três filhos, de 12, 15 e 16 anos, ela atualmente morava sozinha, no Jardim Ingá, em Luziânia. Os filhos moravam com os avós paternos, mas mantinham contato próximo com ela.
“Todo mundo gostava dela aqui. Ela é uma pessoa boa e muito controlada”, resume.
Samira morava em Cristalina, mas há alguns anos se mudou para Luziânia. Segundo o ex-namorado, ela estava desempregada e recebia dinheiro do pai, que é PM aposentado e mora atualmente no Piauí.
O ex-namorado comenta que, nos últimos meses, notou pelas redes sociais que Samira emagreceu muito e se afastou da família.
Na internet, Samira fazia posts reflexivos e com os filhos. Em algumas publicações, ela caminhava pelas ruas enquanto falava aos seguidores para agradecer por cada dia. Pouco tempo antes de morrer, passou a postar sobre a necessidade de tomar cuidado com pessoas falsas.
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2024/e/e/XTtxZASB6BXHxTxu36Gw/sem-titulo.png)
Samira Alves Lima, de 36 anos, filha de um policial militar da reserva do Distrito Federal, foi encontrada morta em casa após dias desaparecida, em Luziânia, Goiás — Foto: Reprodução/Redes Sociais
G1