Ichu pretende entrar no Mapa Nacional do Turismo

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O secretário de Administração e Finanças de Ichu, Douglas Oliveira, foi recentemente levado pelo Prefeito José Gonzaga para dialogar com os representantes do Ministério de Turismo do Governo Federal. Na oportunidade ele participou de uma palestra da área, organizada pela Secretaria de Turismo do Estado da Bahia e recebeu orientações diretas do ministério de como o município pode estar fortificando o setor através da Secretaria de Administração e Finanças.
O Departamento de Turismo de Ichu, que experimentalmente vem se mostrando nas plataformas digitais, tem exibido eventos e paisagens de Ichu no Instagram através do @turismoichu e alcançou a marca de uma das contas mais seguidas da gestão do prefeito Gonzaga. Por meio de vídeos e imagens da cidade, a SMAF busca despertar a vontade dos filhos da terra que moram fora de visitar familiares e amigos e de igual maneira procura divulgar o município para alcançar possíveis futuros novos visitantes.
É válido lembrar que foi através da organização deste departamento que a limpeza e padronização dos montes foi realizada na Semanas Santa e que, os maiores públicos já registrados em nosso município foram em festas organizadas pelo Prefeito Gonzaga através deste departamento, que em breve será estruturado oficialmente para que faça parte obrigatoriamente das futuras gestões; buscando colocar a cidade no Mapa Brasileiro do Turismo.

Ichu ainda não faz parte da Zona Turística mais próxima (Caminhos do Sertão), mas bem que deveria!

Levando em consideração os critérios estipulados pelo Ministério do Turismo, cujo novo Mapa (de 2022) é atualizado trimestralmente, dos 417 municípios baianos, 137 são considerados de interesse turístico. Mas bem que poderiam ser 138!
O Município de Ichu possui apenas 138.016 km². Nesta pequena extensão territorial há uma diversidade de atrativos e cenários que encantam em paisagens naturais e expressividades peculiares locais caracterizadas especificamente pela hospitalidade dos seus poucos habitantes. A cidade e suas áreas rurais carregam em suas estruturas e extensões, principalmente, o bioma da caatinga e o calor e clima típico da área de atenção turística baiana Caminhos do Sertão, onde sempre aparenta ser verão.
A sua maior motivação de viagem, além da tranquilidade de uma das menores cidades do Brasil, está nas manifestações culturais oriundas dos costumes religiosos perpetuados nas festividades profanas; como sua típica Festa das Caretas, um festival de máscaras ornamentadas por artistas locais, que acontece em praça pública na primeira sexta-feira de fevereiro durante o novenário ao Padroeiro da Cidade, Sagrado Coração de Jesus.
Ichu é ornamentada no mês de dezembro com luzes e lapinhas (maquetes construídas com aspectos do bioma local que representam em presépio o nascimento do menino Jesus); e em junho com bandeirolas e fogueiras, de onde costumes típicos da roça são mantidos até hoje como queima de fogos e a tradicional “queda da fogueira”, além das noites de forró que se entendem por todas as localidades.
No mês de julho existe a Semana da Cultura, que revive e honra toda a história simbólica da cidadezinha, que se encerra com uma micareta (um carnaval fora de época, comum nas cidades da região) como na pioneira Feira de Santana. Durante a Semana Santa há as tradicionais subidas de morro e outras tradições derivadas do cristianismo. Mas em novembro as rezas e ofertas de pratos de carurus proporcionam momentos de sincretismo religioso.
Durante os períodos de chuvas torrenciais sazonais, como em novembro e março, ou todo o verão, após as tempestades, o sistema hídrico é enriquecido, possibilitando atividades ao ar livre, como banhos de rio e riacho, ou em presas e tanques naturais. Durante os outros períodos do ano, o turismo natural pode ser feito através de pescas, pelas lindas trilhas de cicloturismo, através das montarias pelas rotas entre as localidades e pelas cavalgadas com as inúmeras festas realizadas nas comunidades, dada a força da sua cultura vaqueira.
O turismo rural é muito comum nas visitas das fazendas tradicionais do município. E é de lá que vem a sua riqueza gastronômica. Cuscuz de milho com leite, beiju de mandioca com açúcar, umbuzada, cocada de licuri, farofa de carne do sol, requeijão com mel, doce de leite, mel de enxu (a vespa que dá nome a cidade e que lá existe em abundância de maneira silvestre.) É nas áreas rurais que prosperam também as atividades culturais derivadas da agricultura familiar, como a raspa da mandioca, que ultrapassa a noite nas casas de farinha, entre prosas e lendas e as batas de feijão onde reinam as cantorias e sambas de roda.
A cidade por ser pequena e distante das metrópoles, possui um rico folclore próprio, que é um charme a mais para quem a visita. Tá esperando o quê?! Bota o pé na estrada e vem conhecer mais esse caminho do sertão baiano!

Redação do AL NOTICIAS v/ Informações e Fotos: Douglas Oliveira