Autores do assassinato de Marielle Franco são condenados pelo Tribunal do Júri após 6 anos do crime
O 4º Tribunal do Júri do Rio condenou os assassinos da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes nesta quinta-feira (31). A condenação do ex-policiais militares, Élcio de Queiroz e Ronnie Lessa ocorreu exatos 6 anos, 7 meses e 17 dias depois do crime, que aconteceu no dia 14 de março de 2018.
Ronnie e Élcio foram enquadrados nos crimes de duplo homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, emboscada e recurso que dificultou a defesa da vítima); tentativa de homicídio contra Fernanda Chaves, assessora de Marielle que sobreviveu ao atentado e prestou depoimento nesta quarta-feira (30); receptação do Cobalt prata, clonado, que foi usado no crime.
Lessa foi condenado a 78 anos e 9 meses de prisão, enquanto Élcio, que foi o motorista da noite do crime, foi sentenciado a 59 anos e 8 meses. O tribunal começou às 10h30 desta quarta, sendo concluído às 18h26 desta quinta.
Segundo informações do G1, apesar das penas, Lessa e Élcio podem sair antes do previsto. Os dois assinaram um acordo de delação premiada, que levou ao avanço das investigações, principalmente em relação aos mandantes.
- Élcio Queiroz ficará preso, no máximo, por 12 anos em regime fechado;
- Ronnie Lessa ficará preso por, no máximo, 18 anos em regime fechado – e mais 2 anos em regime semiaberto.
Esses prazos começam a contar na data em que foram presos, em 12 de março de 2019 – um ano após o crime. Ou seja, 5 anos e 7 meses serão descontados das penas máximas.
Assim, Élcio pode deixar a cadeia em 2031, e Lessa iria para o semiaberto em 2037, e fica livre em 2039.
O acordo de cada réu, no entanto, pode ser anulado caso fique comprovada alguma mentira na delação premiada e que não leve à elucidação de casos.
Bahia Notícias