Policial militar é absolvido de acusação de homicídio contra jovem em posto de gasolina de Feira de Santana
O Policial Militar Edvaldo Brito Lima foi absolvido, pelo Conselho de Sentença, da acusação de assassinato contra Pedro Henrique da Silva Novaes, em Feira de Santana. O júri foi realizado na quarta-feira (22), no Fórum Desembargador Filinto Bastos, 13 anos após o crime, e teve duração de 12 horas.
Pedro Henrique foi assassinado aos 25 anos de idade com vários disparos de arma de fogo, disparos em um posto de combustível na Avenida Eduardo Fróes da Mota, bairro Cidade Nova, por volta das 4h da manhã do dia 8 de outubro de 2010.Consta na Denúncia do Ministério Público que o homicídio decorreu de uma contenda entre o réu e a vítima, proveniente da presença de cavalos portados pelos réus nas proximidades do veículo da vítima, um automóvel Audi TT/Roadster preto, que encontra-se com som em alto volume. Ato contínuo ao ocorrido, os denunciados teriam se retirado do local montados em seus animais e retornaram logo em seguida em uma motocicleta, logrando chamar a vítima para conversar atrás de uma van, no entanto, quando houve a aproximação foram desferidos os tiros fatais.A versão foi contestada pela defesa. O advogado Hércules Oliveira disse em entrevista ao repórter Aldo Matos, que, desde o início, Edvaldo deveria ter sido absolvido sumariamente e criticou as falhas na instrução processual que levaram ao julgamento. Segundo ele, as imagens das câmeras de segurança do posto, em momento algum mostrou que o réu havia participado do crime.“Não era para Edvaldo ter chegado aqui nesse júri. Desde antes, de forma sumária, era para ele ter sido absolvido. As imagens do posto de gasolina, bem analisadas, como foi feito no dia de hoje aqui, e você percebeu que, em momento algum, Cabo Edvaldo participou da prática deste terrível crime que vitimou o jovem Pedro Henrique,” afirmou o advogado.O advogado Hércules Oliveira mencionou que Edvaldo e Pedro Henrique estavam em posições antagônicas, afirmando que não teria sido possível o policial ter sido o autor dos disparos naquele momento.“Percebe-se que o policial militar saiu em uma direção, no sentido sul, enquanto a vítima, com mais diversas pessoas, saiu no sentido norte, ou seja, posições antagônicas. Não teria como naquele momento os dois se cruzarem, inclusive, quando a vítima sai no sentido norte, na companhia de diversos amigos. Então, não teria a capacidade, naquele momento, de ter sido o Edivaldo o autor dos disparos, porque, se tivesse o feito, e inclusive estava desarmado, diga-se de passagem, teria atingido outras pessoas, porque o Pedro estava na companhia de três ou quatro pessoas quando ele vai naquela direção norte ao banheiro”, explicou.
Advogados Edipiana Oliveira, Hercules Oliveira e Daniel Vitor | Foto: Aldo Matos


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